“Rostos do Mundo” – 29 junho a 30 setembro 2019

Inauguração da exposição “Rostos do Mundo”
ECOS – Espaço.Corpo.Objetos
Inauguração da exposição “Rostos do Mundo”
ECOS – Espaço.Corpo.Objetos
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Não existem lugares, nem continentes nem sequer paisagens a quem não pertençam olhos que os vêm, bocas que falam deles, tornando-os reais e afinal, possíveis de imaginar por quem nunca os percorreu ou, simplesmente, passou por eles. Mais do que os olhos, são os olhares que trespassam, com as suas luzes e as suas sombras e nos permitem ver neles, muito mais do que aquilo que parece estar no aparente aprisionamento de um retrato fotográfico. Rostos com bocas que contam estórias que, com os seus esgares ou sorrisos nos transportam pela fantasia fora contando-nos o mundo de que falam. Sem palavras audíveis, é certo, mas poderosamente, gritando, interrompendo silêncios. São cabelos que se mostram ou se escondem, se revoltam ou se sujeitam, todos fios imensos, onde camadas de cores e poeiras os enchem de humanidades daqui e dali, de perto e de imagem; serem, para lá dos traços, desenho de forças e sonhos transportados nas cabeças das gentes.
Olhares com cabelos revoluteando os rostos ou simplesmente bocas que falam sem lançar palavras vãs no mercúrio incendiado do sol dos dias ou na prata solene das noites, isto são retratos de gente que não capitula nem perante os problemas da vida e muito menos, perante a efémera interrupção da luz que a lente parece impor. Este trabalho é composto por retratos de pessoas, tão diversas quanto as vidas que elas vivem no Brasil, no Sahara Ocidental, em Cabo Verde, Portugal e Moçambique. Na sua diversidade nos reencontramos, nos revemos e perscrutamos a nossa mais profunda humanidade.

Fotos: D.R.

Biografia:
Nasceu em Coimbra no ano de 1951. Foi também nesta cidade que se licenciou em medicina e onde exerceu durante um largo período da sua vida a profissão no SNS.
Profundamente ligado à sua cidade está, ao mesmo tempo, atento ao país e ao mundo.
Para ele a fotografia não é apenas um hobby ou entretenimento pois é, também, um dos seus instrumentos de participação cidadã em várias causas cívicas, tanto nacionais quanto internacionais, pela justiça social, a paz mundial e um ambiente seguro e sustentável.
Na fotografia é, em grande medida, autodidata mas no entanto gosta de estudar, participar em cursos, trocar experiências e atualizar-se com recursos a livros e à experimentação. Tem-se dedicado a diversas áreas como a reportagem, fotografia de natureza, a fotografia de rua e a macrofotografia. Apesar da abrangência dos seus trabalhos fotográficos, a sua preferência e paixão são as fotografias de pessoas, em especial, os retratos.
Tem realizado diversas exposições coletivas, tendo fotografias publicadas em vários livros e participado em muitos concursos de fotografia em Portugal e no estrangeiro.