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Retomando a temática da exposição anterior feita na Fundação Lapa do Lobo em Março 2014, surgem de novo as formas da natureza, agora a carvão, pastel seco e pastel de óleo, em regra focando o pormenor, o bocado, num zoom que por vezes as coloca entre a realidade e a ficção, entre a figuração e a abstração.
Desenhos que se alimentam da massa e volume dessas formas e objectos naturais (escarpa, rochedo, tufo, meda), ora descobrindo o seu lado escultórico, as suas silhuetas e recorte no espaço, como retratos, ora dissolvendo-os numa atmosfera nebulosa de luz difusa.
Sem premeditação, para além de uma vaga intenção inicial, cada desenho vai-se revelando por si, levado pela mão e pela memória, numa luta contínua:
“O acto criativo é um processo de interrogação e de descoberta, uma passagem e uma negociação entre o artista e a tela. Na minha relação com a tela é esta que tem de ganhar no final, e que tem de impor a sua vontade, revelar o inesperado, mostrar-me o que não vi. Avanço ao sabor do que destruo e do que acrescento, cujos vestígios ficam na tela, e é com esses vestígios, com esses destroços, que componho o que virá a ser o meu quadro” (Júlio Pomar. – 1984)
“Na fotografia tenho a preocupação de deixar intervir o azar, o acaso. Faço enunciados, mas são apenas convocatórias para que algo aconteça. A dada altura são as alterações que se impõem” (Jorge Molder – 2019)