O INCRÍVEL PERCURSO NO VALE DOS LOBOS AZUIS

Inauguração Exposição: “ANAMNESIS” de G.Bénard
AQUI HÁ LOBO…
Inauguração Exposição: “ANAMNESIS” de G.Bénard
AQUI HÁ LOBO…

Depois da versão de outono, no mês de outubro, “O Incrível Percurso no Vale dos Lobos Azuis” regressou, em maio, para a primavera. As expectativas eram de sol e calor, mas, devido à chuva, ao vento e ao frio, não foi possível realizar esta visita-oficina no espaço da Quinta Vale do Lobo.

Apesar disso, o Projeto Alcateia – Serviço Educativo da Fundação Lapa do Lobo não desistiu e levou a Quinta para dentro da escola, com a orientação de Marina Palácio.

Ao longo dos dias 9, 10, 11, 12, 13, 16, 17 e 18 de maio, realizaram-se 17 sessões com alunos do 5º e do 6º anos do 2º Ciclo do Ensino Básico, dos Agrupamentos de Escolas de Canas de Senhorim, de Carregal do Sal e de Nelas, num total de 311 participantes.

E assim se cantou, ao som de percussão com pinhas: “A azeitona piquinina / também vai p’ró lagari/ Ai, eu cá sou piquinina,/ quando for grandi vou amari”. Ou não fossem a azeitona e o pinhão dois produtos produzidos na Quinta Vale do Lobo.

Esta Quinta, localizada na aldeia da Lapa do Lobo, pretende ser uma reserva ecológica, onde possam habitar, de forma saudável e protegida, espécies autóctones de fauna e flora.

Nesta visita, literária e poética, sensível e selvagem, plástica e sensorial, explorou-se o lado misterioso e belo da paisagem natural (real e imaginária), pela mão de uma pastora. E descobriram-se lobos…

Há lobos-cientistas que gostam de observar as tonalidades do branco da neve; há lobos-escritores que escutam as canções das quatro grandes serras; há lobos-artistas que sonham com baloiços ao vento. Raquel Silvestre, a pastora, guarda uma alcateia de lobos azuis por entre carvalhos e lagoas. E com eles, conhecemos mais sobre o lobo-ibérico e a biodiversidade da Quinta Vale do Lobo, através de um percurso com jogos sensoriais e performativos, permitindo a cada visitante criar um precioso poemário.

Os principais objetivos desta atividade foram dar a conhecer as características da paisagem natural da região, sensibilizar para a preservação do património natural da região, proporcionar espaços de discussão e de reflexão sobre questões pertinentes e atuais, como o ambiente, a ecologia, a cidadania e a sustentabilidade e promover a consciência e a responsabilidade social.

Na despedida, os alunos partilharam alguns pensamentos, como: “Senti que fiquei a conhecer a Quinta. É como se lá estivéssemos!”, “Descobri que o lobo não é bom nem é mau.”, “Os desafios desta oficina foram originais.”, “Gostei de aprender a canção, por termos usado instrumentos da natureza.”, “É importante conhecermos as espécies em vias de extinção.”, “Gostei de fazer um território poético para um animal”.